Cadeira 20 - Patrono
José dos Santos Carvalho (Bilé), nasceu no dia 24 /novembro/1927, na cidade de Barras - Piauí, na Rua David Caldas. Filho de João Fernandes de Carvalho e de Maria Carvalho. Iniciou sua escolaridade no Grupo Escolar Matias Olímpio e no colégio do saudoso Conrado Amorim de Sousa (Seu Corando), na mesma cidade.
Iniciou a vida profissional como comerciário, daí foi trabalhar com o vigário da paróquia, Mons. Lindolfo Uchoa, como locutor de "A Voz do Campanário".
Em 1945, com a eleição do Dr. Rocha Furtado para Governador do Estado do Piauí, foi nomeado Agente Fiscal. Em Barras exerceu ainda os cargos de Diretor da Câmara Municipal e Escrivão de Polícia.
Em 22/abril/1950, casou-se com Maria de Jesus Pacheco Carvalho, tendo nascido os filhos Rosele Maria Pacheco Carvalho e José dos Santos Carvalho Júnior (Zezinho).
Nomeado para a Empresa Correios e Telégrafos, em junho/1952, trabalhou em Piripiri- Pl e, em 1957 foi transferido para Campo Maior - PI, onde permaneceu exercendo as suas funções até aposentar-se.
Na cidade dos carnaubais, exerceu diversos cargos, tais como: Presidente do Centro Cultural; Diretor da Câmara Municipal; Diretor do Museu do Couro; Diretor do Departamento de Indústria e Comércio e Turismo da Prefeitura Municipal.
Venerável da Loja Maçônica Fraternidade Campomaiorense; membro da academia de Letras Vale do Longá - AVAL, ocupando a cadeira n° 20, cujo patrono é o humorista Vitor Lopes.
Faleceu no dia 18/novembro/2000, sendo sepultado na sua cidade natal, pela qual nutria uma grande paixão, onde ocorreu uma grande manifestação de seus admiradores, familiares, parentes, amigos e maçons.
Bilé, como gostava de ser chamado, foi um grande contador de casos e piadas, muitas de sua autoria. O humor era parte intrínseca do seu ser. Em qualquer roda que Bilé estava, com certeza, a tristeza se afastava. O riso era uma constante de quem tinha o privilégio de participar do seu convívio. Colecionador de amigos, os quais ainda estão marcados pela sua extrovertida presença, que o tempo teima em não esmaecer, porém amenizada pela rememoração dos seus atos, pelos causos que contava, cantava e muitas vezes criava.
Homem extremamente simples, humilde, convivia e tratava a todos, independentemente de cor ou posição, com a mesma cordialidade e brincadeiras, como se íntimos fossem, daí a facilidade de granjear simpatias e duradouras amizades.
Bilé foi um homem ímpar. Podemos assim afirmar pela unanimidade de benquerença, seja na cidade onde nasceu, ou por onde residiu, Piripiri e Campo Maior.
De espírito extrovertido, brincalhão e de uma memória prodigiosa e coração bondoso, que não guardava ressentimentos. Por todas estas virtudes, era uma pessoa especial, quiçá inesquecível. Sua passagem em nosso meio foi recheada de exemplos como homem, esposo, pai, avô, tio e maçon.
Ao ser chamado para a morada espiritual, Bile deixou dois filhos, genro e nora, seis netos e oito bisnetos.
Belé Carvalho, relicário de alegria, de inteligência, de amor pela vida, pois dele aflorava naturalmente o amor pelo próximo.