Sigefredo Pacheco nasceu em Campo Maior, - Piauí em 22 de Maio de 1924 e faleceu em Teresina, em 06 de Janeiro de 1980. Farmacêutico, médico e político brasileiro fez carreira no Piauí, onde exerceu um mandato de prefeito na sua terra natal, três mandatos de deputado federal e um mandato de senador.

Filho de Vicente Pacheco e Inês da Costa Araújo Pacheco. Iniciou sua vida escolar em Teresina embora tenha retornado à sua cidade natal por motivos de saúde e lá iniciou suas atividades como "farmacêutico prático" (não-habilitado) ao acompanhar seu pai no atendimento aos doentes na falta de um médico em Campo Maior. Aos dezoito anos retornou à capital piauiense e deu sequência aos seus estudos os quais foram concluídos no Rio de Janeiro junto ao Colégio Pedro Il e a seguir ingressou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro onde se graduou em Medicina - 1930, além de clínico geral era especialista em tisiologia, obstetrícia, cardiologia e ginecologia. Graduado também em Farmácia pela Universidade Nacional de Farmácia - 1929. Foi assistente da cadeira de Histologia. Antes de receber seu diploma fez residência no Hospital Paula Cândido, em Niterói. Formado, retornou ao Piauí a fim de prestar assistência aos pais e ao mesmo tempo dar seguimento à sua carreira. Fez da medicina um verdadeiro sacerdócio, exercendo-a com zelo, competência e solidariedade humana. A fama do médico estendeu-se pelos Estados limítrofes do Piauí. Foi o primeiro Prefeito eleito de Campo Maior/1936 e 1937 (deposto pelo golpe de 1930 "Estado Novo", dedicando-se exclusivamente às suas atividades médicas). Com a redemocratização do país filiou-se ao PSD vencendo a eleição para deputado federal em 1945 participando da Assembleia Nacional Constituinte que promulgou a Carta Magna de 18 de setembro de 1946. Reeleito em 1950 e 1954 absteve-se de disputar um novo mandato em 1958.

Simpático à candidatura de Petrônio Portela ao governo do estado em 1962, foi um dos artífices da coligação entre a UDN e o PSD que venceu por ampla maioria o pleito daquele ano e nesse bojo Sigefredo Pacheco foi eleito senador. Vitorioso o Regime Militar de 1964 viu seu amigo Humberto de Alencar Castelo Branco ascender à Presidência da República, ingressando a seguir na ARENA.

Sigefredo Pacheco teve atuação destacada no Congresso Nacional, sendo vice-líder do PSD (Partido Social Democrático), apresentando projetos de interesse da sua região e do país, sendo autor, entre muitas outras, da Emenda de Incentivo ao Reflorestamento Brasileiro, com benefício de 50% do Imposto de Rendas aos agricultores que praticassem o reflorestamento com árvores frutíferas.

Quando de sua primeira passagem por Teresina estudou no Colégio Bento XV sob a direção do padre Cícero Portela, tio de políticos como Petrônio Portela e Lucídio Portela.

Em 1930 cursava o último ano de sua graduação na cidade do Rio de Janeiro quando irrompeu a Revolução de 1930 e nisso um decreto do governo provisório promoveu todos os graduandos para o período seguinte. Desse modo se formou em medicina quando estava em Campo Maior tratando da saúde de seu pai.

Seu nome homenageia várias instituições públicas e privadas no Estado do Piauí: Colégio Sigefredo Pacheco, em Teresina, Maternidade Sigefredo Pacheco e Teatro Sigefredo Pacheco, ambas em Campo Maior. Em 1992 o povoado "Conceição" foi desmembrado de Campo Maior e elevado à categoria de cidade com o nome de Sigefredo Pacheco.

Sigefredo Pacheco, quando Senador trouxe a Campo Maior o então Presidente da República Humberto de Alencar Castelo Branco para uma visita ao povo campomaiorense e ao "Cemitério" onde se encontram sepultados os seus avós.

Cargos/profissões:

Delegado de Saúde do Estado do Piauí.

Assistente da Cadeira de Histologia da Faculdade Fluminense de Medicina.

Médico, farmacêutico, agropecuarista, jornalista, professor e político.

Mandatos:

Prefeito de Campo Maior - período de 1936/1937.

Deputado Federal - 03 (três) - períodos: 1946/1950; 1951/1955;

1955/1959.

Senador da República - período: 1963/1971